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Crítica | A Natureza do Amor

Atualizado: 4 de mai.

Comédia romântica que mergulha no desejo por um amor ardente inicia de forma meio clichê, mas logo nos ganha com reviravoltas dramáticas super bacanas



Recentemente, "A Natureza do Amor" estreou nos cinemas do Brasil por meio da distribuidora Imovision. Trata-se de uma comédia romântica sensual e um pouco fora do comum, que fez parte da seleção do prestigioso Festival de Cannes, na mostra Um Certo Olhar, e conseguiu conquistar alguns corações.

 

Seguimos a trajetória de Sophia, uma professora de filosofia de 40 anos, que desfruta de uma relação estável de uma década com Xavier. No entanto, sua vida muda de rumo de maneira inesperada ao se ver atraída intensamente por Sylvain, um encantador empreiteiro que conhece durante a reforma de sua nova casa de campo. Devo confessar que foi somente a partir da metade da história que me senti verdadeiramente envolvido, já que considerei o início um pouco arrastado.

 

Nas primeiras cenas, que mostram os dois se encontrando em segredo, não são particularmente marcantes, mas conseguem atender à promessa de cativar o público com a química imbatível entre os artistas Magalie Lépine Blondeau e Pierre-Yves Cardinal. A dupla protagoniza momentos românticos intensos. Contudo, a trama realmente se desenvolve quando a protagonista toma uma decisão e revela ao seu namorado sua infidelidade, a partir desse ponto, a narrativa adquire um tom melancólico que certamente prenderá a sua atenção.

 

No filme, o que mais me impressionou foi a profundidade dos sentimentos de Sophia. Desde o princípio, percebemos claramente que ela não se encaixa no seu relacionamento. Mesmo com as virtudes de Xavier, ele não consegue preencher o vazio em seu coração e oferecer a felicidade que ela tanto anseia. É dessa vontade ardente que surge sua determinação corajosa de transformar completamente sua vida e se envolver em um laço amoroso um pouco ousado, em busca das emoções que sua rotina entediante é incapaz de trazer. Sylvain, um homem rural e tão diferente dela, parece ser a peça-chave para essa nova jornada.

 

O longa propõe ao espectador explorar a ideia de se os opostos de fato se atraem, um tema frequentemente explorado em diversas obras, porém, neste caso, trilha um percurso distinto e bem interessante.

 

No que diz respeito ao elenco, não há motivos para reclamar, o trio principal formado por Magalie Lépine Blondeau, Pierre-Yves Cardinal e Francis-William Rhéaume se destacam tanto nas sequências engraçadas quanto nas delicadas. A produção apresenta uma grande quantidade de diálogos e os atores os interpretam de forma extremamente natural, tornando a experiência de assistir muito agradável.

 

Se você gosta de contos de amor repletos de instantes sedutores, divertidos e emocionantes, eu acredito que vá apreciar o título "Simple Comme Sylvain", sob a direção de Monia Chokri, que sem dúvida provocará reflexões sobre o verdadeiro significado do desejo.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 25/04/2024


Hoje nos cinemas

Sinopse: Sophia, uma professora de 40 anos, mantém um relacionamento longo, estável e conformado com Xavier. A vida dela vira de cabeça para baixo ao conhecer Sylvain, que está reformando sua nova casa de campo. Ela vem de uma família rica, enquanto ele vem de uma família de trabalhadores braçais.



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