top of page

Crítica | A Primeira Profecia

Prelúdio do clássico filme de terror "A Profecia" se destaca pela história envolvente e pela atuação arrepiante de Nell Tiger Free



Em 1976, foi lançado "A Profecia", um filme de horror que é amplamente considerado um clássico do gênero, retratando a história do filho de Satã, concebido por um chacal na sexta hora do sexto dia do sexto mês e destinado a ser o Anticristo. Pessoalmente, não sou um grande admirador desta obra dirigida por Richard Donner e baseada no livro de David Seltzer. Embora reconheça sua trama intrigante e assustadora, senti que algo faltou, principalmente em relação ao desfecho.


Agora, em 2024, surge "A Primeira Profecia", preenchendo de maneira satisfatória algumas das lacunas deixadas pelo longa original sobre os sinistros planos que cercam o nascimento de Damien. Felizmente, esta nova produção da 20th Century Studios superou minhas expectativas, entregando muito mais do que eu poderia esperar.


O título imediatamente capturou minha atenção ao escolher Nell Tiger Free como a protagonista, que surpreendeu com sua impressionante atuação como Leanne em "Servant", uma série do Apple TV+ criada por M. Night Shyamalan em 2019. Interpretando Margaret, uma noviça designada para trabalhar em um orfanato em Roma e fazer seus votos, a atriz nos cativa com suas expressões de medo em meio a um ambiente sombrio que a leva a experimentar alucinações terríveis e convulsões.


Todo o elenco está em ótima forma, destacando-se a presença marcante da estrela brasileira Sônia Braga e de Ralph Ineson, famoso por seus papéis em várias películas de terror recentes, como "A Bruxa", "O Senhor do Caos" e "Brahms: Boneco do Mal II". As performances de Nicole Sorace e Ishtar Currie-Wilson como Carlita e Anjelica também merecem destaque, ao retratarem personagens com comportamentos perturbadores e extremamente peculiares.


Neste trabalho da diretora Arkasha Stevenson, não faltam momentos pesados, chocantes e meticulosamente planejados que deixam a plateia bastante tensa. Um exemplo disso é quando uma mão cinza com garras emerge inesperadamente do útero de uma mulher durante o parto. Mesmo que recorra ao popular jump scare em determinadas cenas, o filme consegue manter de modo brilhante sua atmosfera macabra sem depender exclusivamente desse recurso. É notável também a impactante trilha sonora de Mark Korven, que se sobressai por sua envolvência genuína e perfeita sintonia com o clima aterrador proposto pela obra.


Apesar de servir de prelúdio e permitir que os espectadores que conhecem o longa de 1976 antecipem os acontecimentos, "The First Omen" se destaca ao surpreender com reviravoltas que mantêm a atenção da audiência por quase 2 horas. A busca da personagem principal por desvendar os segredos sombrios de um orfanato habitado por freiras oferece uma experiência profundamente envolvente. Curiosamente, neste ano também estreou a produção "Imaculada", com Sydney Sweeney, um título igualmente interessante que investiga a natureza sombria de lugares que, à primeira olhada, aparentam ser inofensivos.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 04/04/2024


Indisponível nas plataformas digitais


Sinopse: Uma mulher começa a questionar a sua própria fé quando descobre uma terrível conspiração para provocar o nascimento do mal encarnado em Roma.






0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page