Crítica | A Substância
- Cinema ao Máximo
- 4 de mar.
- 1 min de leitura
Atualizado: 13 de abr.

"A Substância" oferece uma narrativa estranhamente interessante com uma força catártica que aborda de forma crítica a pressão estética e o etarismo na indústria de Hollywood. Com uma duração de cerca de 2 horas e meia, o filme aproveita seu tempo de maneira habilidosa, prendendo a atenção do público com eventos surpreendentemente impactantes. Fiquei tão imerso nas performances de tirar o fôlego de Demi Moore e Margaret Qualley que não percebi o tempo passar. Demi imprime uma intensidade impressionante à protagonista Elizabeth Sparkle, interpretando uma apresentadora de TV que lida com a decadência ao atingir a meia-idade. Em contrapartida, Margaret dá vida a Sue, a versão jovem e sedutora de Elizabeth. A constante batalha da professora de aeróbica, que se sente excluída por causa da sua idade, em sua busca pela juventude através de uma substância misteriosa, transforma sua vida em um verdadeiro pesadelo.
"The Substance" brilha não só pelo seu elenco fabuloso, mas também pela maquiagem capaz de surpreender até os mais corajosos. As mudanças físicas que as personagens experimentam são tão bizarramente repugnantes que vão te deixar pasmo. Os fãs de body horror certamente apreciarão, pois a diretora Coralie Fargeat nos brinda com cenas que despertam aquela sensação de frio na barriga. Apesar de a trama apresentar algumas simplificações e exageros em seu clímax, isso não reduz a potência dessa experiência cinematográfica que fará sua mente trabalhar a mil por hora.

Pedro Barbosa
Sinopse: Uma celebridade em declínio decide usar uma nova droga do mercado negro, uma substância que replica células e cria temporariamente uma versão mais jovem e melhor de si mesma.
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