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Crítica | Assassino por Acaso

Mesmo sendo inspirada em uma história verídica interessante e divertida, nova comédia com Glen Powell e Adria Arjona é excessivamente previsível e carece de momentos empolgantes



Neste ano, o ator Glen Powell tem marcado presença nas telonas com frequência. Além de atuar em "Assassino por Acaso", ele protagonizou "Todos Menos Você" junto com Sydney Sweeney e está determinado a arrasar em "Twisters", a nova versão do sucesso de 1996 que chegará aos cinemas em julho pela Warner Bros. Pictures.


Baseado em uma história real da revista Texas Monthly, "Hit Man" narra a vida cotidiana de um professor que colabora com a polícia. Ele se vê forçado a se passar por um assassino de aluguel para capturar aqueles que o contratam, adotando diferentes aparências e personas. A premissa do filme é, sem dúvida, bem interessante.


No entanto, é lamentável que a produção opte por estender suas quase 2 horas de duração com conteúdo que não acrescenta muito à trama. Somos apresentados repetidamente a Gary Johnson concluindo missões para expor os mandantes de assassinatos, além de algumas cenas de amor que parecem deslocadas e pouco convincentes.


Anunciado pela Netflix como uma comédia de ação com toques de romance, o longa, lamentavelmente, não atinge o nível de humor esperado, sem apresentar um único momento empolgante que desperte a adrenalina. Quanto à parte romântica, a conexão entre Glen Powell e Adria Arjona é bastante rasa, não transmitindo em nenhum instante a sensação de verdadeiro envolvimento amoroso entre os dois.


Durante todo o título, Madison, interpretada por Adria Arjona, assume um papel muito sem graça que não adiciona movimento ao enredo, embora sua participação seja fundamental para o desenvolvimento do protagonista. Sua ingenuidade ocasional pode ser irritante de modo excessivamente previsível. A pretensão da obra de criar uma personagem sedutora, que conquistaria a simpatia do público ao se envolver com Gary, fracassa, pois a química entre eles não se desenvolve. Quando o roteiro finalmente toma rumo, é tarde demais, já que tudo se resolve de jeito demasiadamente simplista, sem impacto significativo, e logo em seguida os créditos começam a surgir.


Apesar de não ter gostado deste trabalho de Richard Linklater, que mais me entediou do que me conquistou, reconheço que há pontos positivos nele. Por exemplo, destaco os diálogos enriquecedores que nos fazem refletir sobre a capacidade das pessoas de se transformarem com base em variações de comportamento. Vale ressaltar também o talento de Glen Powell, que interpreta de forma genuína o professor de filosofia e, de maneira ainda mais impressionante, o matador fictício com trajes extravagantes e perucas, mostrando sua habilidade em representar uma variedade de personalidades.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 12/06/2024


Hoje nos cinemas


Sinopse: Gary Johnson trabalha para a polícia e finge ser um assassino de aluguel para prender aqueles que o contratam, até que ele quebra o protocolo para tentar salvar uma mulher desesperada.








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