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Crítica | Branca de Neve

  • Foto do escritor: Cinema ao Máximo
    Cinema ao Máximo
  • 23 de mar.
  • 3 min de leitura

Movido por um elenco cheio de carisma, com destaque para a bela atuação de Rachel Zegler, e com uma trama que flui de forma calma e harmoniosa, novo filme da Branca de Neve é magicamente irresistível



Um conjunto de previsões desfavoráveis cercava o remake live-action de "Branca de Neve e os Sete Anões", o memorável longa-metragem animado de 1937 que apresentou a primeira princesa da Disney. Isso aconteceu, em parte, pela preferência da atriz e cantora Rachel Zegler para interpretar Branca de Neve, pelas mudanças significativas nos Sete Anões e, além disso, por algumas declarações controversas de Rachel sobre a querida animação.

 

Depois de várias polêmicas, o título de Mark Webb finalmente estreou nos cinemas e, para minha surpresa, conseguiu superar todas as expectativas negativas que eu tinha. Resumindo, me diverti horrores.

 

Escolher representar a protagonista como uma figura resoluta na missão de salvar o reino da Rainha e de tomar as rédeas de seu próprio destino é uma abordagem que se afasta da história clássica, na qual a jovem princesa, envolta em sua inocência, é alheia às tristezas ao seu redor. Essa modificação gerou certo desconforto entre alguns fãs do trabalho original. No entanto, eu vejo essa mudança com amplo entusiasmo. Acredito que as inovações trazidas ao enredo foram naturais e contribuíram para trazer um novo charme a esse conto de fadas que marcou gerações.

 

Com toda a sinceridade, desde "Malévola" e "A Bela e a Fera", que considero verdadeiras joias, "Snow White" se destaca como uma das produções que foi capaz de captar a essência mágica típica das obras da Disney. A trama flui de maneira harmoniosa, nos cativando tanto com suas canções clássicas quanto com composições inéditas. Fiquei completamente absorto em todos os números musicais, sem experimentar um único momento de desinteresse. Definitivamente, "Waiting on a Wish", brilhantemente interpretada por Zegler, é uma dessas melodias que ficam na cabeça. Além disso, os cenários, muitas vezes iluminados pela presença de animais encantadores, e os figurinos são deslumbrantes.

 

A escolha de criar os Sete Anões inteiramente em CGI, que inicialmente parecia um grande desafio, resultou em uma experiência bastante gratificante. Os detalhes nas expressões dos seres mágicos são impressionantes. É difícil não sentir um toque de carinho e empatia por essas adoráveis criaturas centenárias. As cenas que incluem as músicas que permanecem na lembrança "Heigh-Ho" e "Whistle While You Work" cantadas pelos anões são extremamente divertidas; eu curti muito.

 

Quanto ao elenco, todos estão em ótima forma. Rachel Zegler exala carisma e bravura, enquanto Andrew Burnap adiciona uma dose de leveza ao papel de Jonathan, um líder de um grupo de ladrões à la Robin Hood. Gal Gadot dá vida a uma Rainha Má bem convincente, embora em determinados momentos pudesse demonstrar um pouco mais de malícia, uma vez que, por vezes, surge um tom um tanto estereotipado. Contudo, ao fazer uma comparação com outras vilãs de adaptações live-action, como a performance de Melissa McCarthy como Úrsula, que se revela exageradamente artificial, Gal indiscutivelmente se sobressai.

 

Frente às diversas versões em live-action que têm buscado modificar certos aspectos narrativos para atualizar ou aprofundar personagens, como observado em "Maleficent", que apresenta um lado mais gentil da fada anteriormente considerada vilã, e em "Cinderela" e "Beauty and the Beast", que proporcionam uma visão mais detalhada em relação ao passado das heroínas, não consigo compreender a razão das críticas tão contundentes dirigidas a "Branca de Neve". Com sua estética deslumbrante, efeitos especiais muito bem executados, trilha sonora envolvente e situações que prometem prender a atenção, a fantasia musical "Snow White" realmente se destaca como uma formidável opção de entretenimento.


Pedro Barbosa


Sinopse: Nesta releitura da história atemporal, a encantadora Branca de Neve é ameaçada e precisa fugir de seu reino. Após percorrer a floresta encantada, ela encontra uma cabana onde vivem os amigáveis Dengoso, Mestre, Dunga, Zangado, Feliz, Soneca e Atchim, com quem ela passa a viver. Porém, a princesa ainda não está a salvo, já que a cruel Rainha Má planeja dar um fim a sua vida com uma maçã envenenada.



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