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Crítica | Garfield: Fora de Casa

Animação do icônico personagem Garfield é uma fofura visual, mas desaponta com uma trama entediante cheia de piadas forçadas



Guardo uma recordação maravilhosa de ter assistido várias vezes, na minha infância, "Garfield: O Filme", uma comédia lançada em 2004 com Bill Murray dublando o célebre gato gordinho que leva uma vida confortável, até que seu dono se apaixona por uma veterinária, levando-o a adotar um cachorro. O filme também conta com Breckin Meyer no papel de Jon e Jennifer Love Hewitt como Liz.


O icônico personagem Garfield, que faz sucesso nos quadrinhos desde sua criação por Jim Davis em 1978, surpreendentemente só recebeu sua primeira animação longa-metragem em 2024, sob a direção do cineasta Mark Dindal, famoso por obras como "A Nova Onda do Imperador" e "O Galinho Chicken Little". Chamado "Garfield: Fora de Casa" e distribuído no Brasil pela Sony Pictures, o título traz uma nova história sobre o felino ranzinza, mas de coração generoso, com a voz de Chris Pratt.


Quando Garfield ainda era um filhote, seu pai, Vic, o deixou abandonado em um beco. Contudo, a sorte sorriu para ele quando foi atraído pelo delicioso cheiro de um restaurante de comida italiana, onde encontrou calorosamente a companhia de Jon, um homem solitário. Devo confessar que gostei muito das partes que detalharam a origem do popular gato laranja. Em poucos minutos, consegui criar uma forte conexão emocional com Garfield e Jon. No entanto, à medida que a trama avança para o presente, a qualidade da narrativa cai drasticamente.


Garfield é muito conhecido por seu senso de humor, especialmente por seu apetite insaciável, com uma predileção particular por lasanha. Apesar disso, a tentativa da produção de nos fazer rir acaba não dando certo, já que muitas das cenas parecem forçadas e rapidamente perdem a graça. É possível que o tom cômico da película consiga entreter alguns pais e filhos, mas, infelizmente, para mim, não teve o mesmo efeito.


Eu estava muito animado para acompanhar essa nova jornada do Garfield. Todavia, o enredo, que gira em torno de Vic, o pai distante do Garfield, sendo obrigado a roubar uma grande quantidade de leite para remediar um episódio do passado em que ele deixou sua parceira Jinx ser presa durante um assalto na Lactose Farms, apresenta um ritmo bem cansativo. Diversos momentos que deveriam ser pura diversão se tornam apenas uma enrolação sem sentido. A premissa em si não é das piores, mas a execução carece de muito mais vigor. Tive uma sensação semelhante ao assistir "Trolls 3: Juntos Novamente" e "Ruby Marinho: Monstro Adolescente", ambos lançamentos de 2023 que, apesar de suas animações visualmente atraentes, não conseguiram oferecer um roteiro tão satisfatório. Vale mencionar que a parte visual de "The Garfield Movie" é adorável.


Um outro ponto do filme que realmente me incomodou foi que, em determinado momento do conto, Garfield deixou de ser o protagonista e outros personagens, que não tinham tanto a contribuir, passaram a dominar a cena. Além disso, outro aspecto que me desagradou foi a forma como Jon foi subaproveitado na história. Ele basicamente não acrescentou muito, funcionando apenas como um elemento decorativo quando era conveniente.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 01/05/2024


Disponível para aluguel no Prime Video


Sinopse: Depois de um reencontro inesperado com seu pai há muito desaparecido, Vic, Garfield e seu amigo canino Odie são forçados a deixar sua vida perfeitamente mimada para se unir a Vic em um assalto hilariante e de alto risco.












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