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Crítica | Godzilla e Kong: O Novo Império

Atualizado: 4 de mai.

Sequência de "Godzilla vs. Kong" oferece uma diversão incrível com efeitos visuais e sonoros surpreendentes, mas mais uma vez deixa a desejar pela ausência de uma trama mais envolvente



Em 2021, finalmente testemunhamos a aguardada batalha emocionante entre os gigantes Godzilla e Kong. Essas criaturas, já famosas nos longas clássicos, ganharam ainda mais destaque no "MonsterVerse", uma franquia da Warner Bros. composta por "Godzilla" (2014), "Kong: A Ilha da Caveira" (2017) e "Godzilla II: Rei dos Monstros" (2019).

 

Confesso que, embora tenha tido ótimos instantes de luta, especialmente nas sequências completamente destrutivas em Hong Kong, "Godzilla vs. Kong" perdeu pontos devido à falta de uma narrativa verdadeiramente cativante. Personagens fundamentais, como Madison Russell e Dr. Mark Russell, interpretados por Millie Bobby Brown e Kyle Chandler, deram a impressão de estar ali somente ocupando espaço, pois não contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento da história.

 

Agora, em 2024, o diretor Adam Wingard decide continuar a saga eletrizante com "Godzilla e Kong: O Novo Império", que dá um passo adiante em relação ao filme anterior, mas continua tropeçando nos mesmos deslizes.

 

Claro, a expectativa para uma obra desse tipo é ver os dois Titãs lutando intensamente, e posso garantir que isso está presente em abundância. "Godzilla x Kong: The New Empire" é um verdadeiro banquete de pancadaria entre os monstros e seus adversários, proporcionando cerca de 2 horas de pura adrenalina, com efeitos visuais e sonoros que merecem aplausos. É quase impossível desviar o olhar da tela, principalmente durante uma exibição IMAX.

 

Rebecca Hall, Brian Tyree Henry e Kaylee Hottle retornam, mas novamente não conseguem se sobressair, já que são os seres extraordinários os verdadeiros protagonistas. De qualquer maneira, eles são capazes de proporcionar alguns momentos agradáveis ao lado de Dan Stevens. Além disso, existe um acréscimo interessante: uma versão em miniatura do Kong, que, sem dúvida, é uma das partes mais encantadoras desta tão esperada continuação e exerce uma função excelente como companheiro do Kong.

 

Sobre o enredo, uma vez que o foco da produção se restringe apenas às cenas de destruição em grande escala, sua importância é minimizada e segue caminhos bastante previsíveis, como já era esperado, infelizmente. Em algumas ocasiões, a correria intensa do roteiro pode cansar um pouquinho, mas, como tudo na vida, isso varia de pessoa para pessoa. Jia, que no título passado conseguia se comunicar com o King Kong através de linguagem de sinais, tem seu papel mais aprofundado desta vez, no entanto, não consegue realmente prender a atenção do espectador, já que tudo soa um tanto artificial.

 

Resumindo, se você está em busca de uma aventura desenfreada, cheia de ação constante e diversão extrema, acredito que irá se entreter muito. Não espere, porém, encontrar uma trama profunda e complexa, como em "Godzilla Minus One". Em diversas circunstâncias, a sensação era de estar imerso em um videogame, com situações exageradas e até mesmo hilárias.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 28/03/2024 Hoje nos cinemas


Sinopse: Godzilla e Kong enfrentam um monstro aterrorizante que ameaça todo o planeta.



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