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Crítica | Here After

Novo suspense sobrenatural com Connie Britton explora luto e culpa, mas é afetado por clichês do gênero terror que não enriquecem a narrativa



A Paramount Pictures lançou de maneira discreta nos Estados Unidos um novo thriller sobrenatural com Connie Britton no papel principal. O suspense "Here After" estreou em algumas salas selecionadas e também pode ser encontrado em formato digital. A sinopse da produção despertou meu interesse ao apresentar uma trama que, embora já familiar, continua a me prender.


O longa acompanha a mãe Claire Hiller, que presencia sua única filha na linha tênue entre a vida e a morte após um trágico acidente. Após Robin Hiller ser milagrosamente reanimada após ter estado clinicamente morta por 20 minutos, Claire logo nota alterações na filha, suspeitando que algo sinistro a acompanhou de volta do além. De certo modo, a narrativa não é nova, já que há uma quantidade considerável de histórias em que um pai desconfia que seu filho esteja possuído por forças malignas, levando a comportamentos perversos, como em "Ouija: Origem do Mal", "Possessão" e "O Exorcista". Assim, o diretor Robert Salerno recorre a clichês desgastados para abordar esse assunto, ignorando um drama poderoso que, sem dúvida, poderia gerar um conteúdo mais impactante.


Sou fã da atriz Connie Britton, que se destacou em diversas séries icônicas, como "American Horror Story", "The White Lotus" e "Dirty John: O Golpe do Amor". No entanto, sua personagem enfrenta uma preocupação constante que a prende em uma repetição excessiva, cercada por acontecimentos que pouco contribuem para o enredo. A sua colega de cena, Freya Hannan-Mills, se apresenta como uma figura extremamente estereotipada, forçada a agir de forma maliciosa o tempo inteiro, o que transforma suas ações em algo apenas cansativo de assistir. Desse jeito, Connie Britton acaba não recebendo a merecida atenção que deveria ter.


Apesar de o filme pecar ao investir demasiada energia em cenários bastante convencionais, onde a protagonista lida com alucinações previsíveis e nada originais, ele ao menos se aventa por alguns caminhos interessantes, como o traumático passado da família Hiller. Esse passado é o que silenciou a talentosa pianista Robin por vários anos e resulta em um desfecho comovente e visualmente vistoso. É lamentável que uma premissa tão intrigante sobre luto e culpa, juntamente com o talento de Connie Britton, tenha sido desperdiçada.


Texto por Pedro Barbosa



Ano de lançamento: 2024


Indisponível nas plataformas digitais


Sinopse: Após sua filha adolescente vivenciar uma experiência de quase morte, a mãe se vê cada vez mais preocupada com o comportamento perturbador da jovem, acreditando que ela trouxe algo maligno do além.




















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