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Crítica | Imaculada

Novo terror apresenta cenas extremamente violentas, criando uma atmosfera chocante que se destaca pela atuação carregada de tensão de Sydney Sweeney



Desde que os primeiros teasers de um novo filme de terror com a talentosa Sydney Sweeney foram divulgados, conhecida por suas atuações em thrillers como "Noturno" e "Observadores", e por ter se destacado como Cassie Howard na aclamadíssima série "Euphoria", minhas expectativas cresceram bastante. E estou feliz em compartilhar que não me desapontei.


Explorando o ápice de algumas produções do gênero, como "A Freira", que expõe os segredos profanos de um convento, e "A Cura", que narra a trajetória de um homem aprisionado em um local que desafia sua sanidade, "Imaculada" habilmente combina esses temas conhecidos, resultando em um longa profundamente perturbador sobre uma jovem religiosa que ingressa em um convento isolado na zona rural da Itália e logo é atormentada por forças malignas.


A história do título começa de maneira envolvente, imergindo-nos de imediato na atmosfera perigosa que cerca o convento. Acompanhamos de perto um trecho apavorante com Simona Tabasco, reconhecida por seu papel na 2ª temporada de "The White Lotus", encarnando uma mulher em um momento desesperador tentando escapar do lugar. Em seguida, testemunhamos a chegada de Cecilia ao convento, que revela as peculiaridades daquele espaço que aparenta ser inofensivo.


Ao invés de depender somente dos sustos convencionais, que ainda estão presentes, mas de forma mais branda e equilibrada, a película mostra sua habilidade em criar um ar assustador ao explorar ambientes totalmente escuros, nos quais a noviça precisa confiar em velas, pessoas que desaparecem de repente e, principalmente, sequências surpreendentemente violentas e sangrentas que certamente irão causar desconforto. Tanto os efeitos práticos quanto os especiais empregados nessas cenas são magníficos e contribuem para intensificar o clima sombrio que perpassa boa parte da obra.


Cada membro do elenco possui uma função fundamental no desenvolvimento do enredo, sendo Sydney Sweeney aquela que realmente se destaca. Sua interpretação da personagem principal em um contexto angustiante é notável, usando plenamente seu talento no desfecho da trama. Sua performance alcança um nível excepcional, transmitindo intensas emoções em uma passagem verdadeiramente memorável. Álvaro Morte, conhecido por atuar em "La Casa de Papel", também se sobressai diversas vezes com brilhantismo.


Felizmente, "Immaculate" não apresenta a clássica protagonista com comportamentos extremamente tolos que são comuns em muitos filmes de horror. Ao contrário, suas atitudes demonstram astúcia, conquistando o público e o fazendo torcer ainda mais por ela. Embora alguns acontecimentos possam ser considerados clichês, não conseguem desacelerar o ritmo muitíssimo atraente do trabalho dirigido por Michael Mohan. Uma agradável surpresa que merece definitivamente ser vista nos cinemas nesta quinta-feira (30), com a distribuição da Diamond Films.


Texto por Pedro Barbosa



30 de maio nos cinemas


Sinopse: Cecilia, uma mulher profundamente religiosa, recebe uma oferta para um cargo em um convento ilustre no campo italiano. Seu novo lar, aparentemente perfeito, logo revela esconder segredos aterrorizantes.








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