top of page

Crítica | Imaginário: Brinquedo Diabólico

Atualizado: 4 de mai.

Mesmo abusando dos clichês, novo filme de terror da Blumhouse mergulha de cabeça no reino da imaginação, trazendo uma trama super divertida e envolvente



No começo deste ano, em janeiro, a Blumhouse lançou "Mergulho Noturno", sob a direção de Bryce McGuire, que me agradou, entretanto, foi alvo de diversas críticas negativas. Agora, em março, a produtora trouxe mais um lançamento de filme de terror, só que dessa vez com uma vibe mais fantástica. Essa abordagem mais fictícia pode agradar alguns e desapontar outros, tudo depende das expectativas de cada pessoa.

 

Inicialmente, o longa dirigido por Jeff Wadlow, conhecido por "Verdade ou Desafio" e "A Ilha da Fantasia", parece seguir um padrão comum de narrativa, explorando a temática de um brinquedo maléfico destinado a causar danos a todos ao seu redor, algo já explorado em "Annabelle" e "Brinquedo Assassino". Seguimos Alice enquanto é influenciada pelo sombrio urso de pelúcia Chauncey, gerando situações que, mesmo que pareçam clichês, conseguiram capturar minha atenção e me manter entretido.

 

Após passear por diversos lugares-comuns do gênero de um jeito proveitoso, "Imaginário: Brinquedo Diabólico" impressiona com uma reviravolta que o leva por um caminho totalmente fantasioso, em sintonia com a criatividade típica da Disney. Na realidade, se o estúdio do Mickey optasse por produzir um conto assustador com a intenção de provocar pesadelos em várias crianças, essa concepção seria ideal.

 

"Imaginary" não é exatamente um festival de sustos, mas mergulha de cabeça em surpreender o público com um visual bastante peculiar. Criaturas demoníacas surgem de maneira assustadora, apresentando olhos completamente obscuros e vozes arrepiantes. Os cenários são impressionantes, especialmente no desfecho, onde os personagens exploram corredores de um mundo surreal que lembra muito a franquia "Sobrenatural".

 

Quanto à trama, os conflitos familiares vividos por Jessica, a protagonista, e sua enteada mais nova cativam o nosso interesse, principalmente pela intensidade das interpretações de DeWanda Wise e, sobretudo, de Pyper Braun. A pequena brilha tanto nas cenas de suspense quanto nas dramáticas. Durante uma sessão com a psicóloga infantil Alana Soto, a atriz mirim demonstra habilidades de atuação incríveis.

 

Mesmo que a obra tenha uma duração satisfatória um pouco superior a 100 minutos, eu teria apreciado ter presenciado um pouco mais. Uma análise mais detalhada sobre a história do pai de Jessica e da mãe biológica psicologicamente instável de Alice e Taylor poderia adicionar mais emoção ao roteiro. Apesar disso, reconheço que é um título muito divertido, com um enredo esquisito, mas ao mesmo tempo agradável de se acompanhar, perfeito para curtir na companhia dos amigos.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 14/03/2024 Hoje nos cinemas


Sinopse: Uma mulher retorna com a família para a casa em que cresceu. Sua filha mais jovem logo fica apegada a um ursinho de pelúcia que ela encontra no porão. Apesar da interação parecer divertida, a situação não demora para se tornar sinistra.



0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page