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Crítica | O Tarô da Morte

Terror sobrenatural da Sony Pictures oferece momentos empolgantes, mas segue uma fórmula tradicional vista em "Ouija: O Jogo dos Espíritos" e "Verdade ou Desafio"



Ao optar pela tradicional trama em que um grupo de jovens se depara acidentalmente com um mal inominável e passam a ser perseguidos por ele, levando a desfechos sangrentos, como visto em títulos como "Ouija: O Jogo dos Espíritos" e "Verdade ou Desafio", a mais recente produção de terror da Sony Pictures promete conquistar os fãs desse enredo clichê, mas empolgante, capaz de proporcionar bons jump scares.


Com aproximadamente 90 minutos de duração, temos a sorte de ver que o filme não se prolonga excessivamente e logo nos envolve na história, apresentando os personagens imersos em uma atmosfera agitada em torno de uma fogueira, comemorando o aniversário de Elise em uma mansão alugada. Ao notarem que as bebidas acabaram, decidem se divertir lendo seus horóscopos com um conjunto horripilante de cartas de tarô descobertas no porão.


Assim como em uma típica narrativa de horror, o previsível se concretiza e rapidamente se veem envolvidos em uma armadilha macabra, onde as figuras representadas nas cartas tomam vida e passam a persegui-los. A estrutura desse roteiro me fez lembrar muito de "Histórias Assustadoras para Contar no Escuro", de André Øvredal, que mostra um livro sombrio capaz de materializar criaturas aterrorizantes determinadas a eliminar os personagens.


Além de seguir à risca a fórmula mencionada anteriormente, "O Tarô da Morte", dirigido por Anna Halberg e Spenser Cohen, fornece uma explicação satisfatória sobre a origem das misteriosas cartas de tarô. Vale ressaltar a excepcional cinematografia presente em toda a obra, que se evidencia pela habilidosa intercalação de tonalidades quentes e frias. Os momentos de maior tensão são realçados por uma edição cativante e notavelmente atrativa.


No elenco, há poucos rostos famosos, incluindo Jacob Batalon, conhecido por interpretar Ned na trilogia "Homem-Aranha", e Avantika Vandanapu, que se destacou na adaptação musical de "Meninas Malvadas". Embora não ofereçam performances icônicas, os 7 atores que dão vida aos protagonistas conseguem representar de maneira convincente os papéis esperados nessa película, na qual seus personagens encontram um fim trágico de forma rápida.


Uma coisa que me chamou a atenção neste longa foi a incrível representação das entidades demoníacas, como O Eremita, Mago, Sacerdotisa e Morte, cuja aparência lembra fortemente as mostradas em "Sobrenatural", franquia lançada em 2011 por James Wan, que explorou um local sinistro habitado por almas atormentadas.


"Tarot" consegue provocar alguns sustos bem legais e captura nossa curiosidade a respeito do destino fatal de cada integrante do grupo de amigos inconsequentes. No entanto, não se deve esperar uma premissa altamente elaborada ou cenas memoráveis, pois este é um daqueles trabalhos que provavelmente será logo esquecido pela maioria dos espectadores.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 16/05/2024


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Sinopse: Quando um grupo de amigos irresponsavelmente viola a regra sagrada da leitura de tarô, a de nunca usar o deque de outra pessoa, eles libertam um mal inominável que estava preso nas cartas. Um por um, eles encaram seu destino e acabam em uma corrida contra a morte para escapar do futuro previsto para eles nas cartas.




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