top of page

Crítica | O Telefone do Sr. Harrigan

Atualizado: 4 de mai.


Adotando uma pegada mais dramática, é importante ressaltar que o terror e o suspense são meros coadjuvantes, "O Telefone do Sr. Harrigan", baseado no conto "If It Bleeds", escrito por Stephen King, só funciona durante a primeira hora de projeção, onde o ótimo ator Donald Sutherland está em cena, pois logo depois a narrativa tende a ficar bem morna.

 

Em seus primeiros minutos, o filme consegue prender a atenção com um prólogo simpático e logo em seguida ocorre um salto temporal, no qual o jovem Jaeden Martell entra em ação. A conexão dos dois atores é excelente, eles realmente se comprometem, porém, ambos não possuem combustível suficiente para salvar a história do tédio.

 

Indo além dos dramas que o garoto e o bilionário encaram, é reconhecível o bom passo que o enredo dá ao se tratar sobre a chegada da tecnologia e os seus efeitos bons ou ruins na sociedade, é interessantíssimo o olhar do autor sobre o valor da informação. Outro fato bem bacana são os diálogos, que percorrem entre metáforas e alguns trechos de livros, no entanto, um ponto que incomoda bastante é o adolescente Craig narrando a maior parte dos acontecimentos do longa-metragem.

 

Conduzido por John Lee Hancock, de "Um Sonho Possível", a produção de fato começa a perder força ao expor alguns episódios que funcionariam melhor em um romance ou comédia adolescente. Já as situações sinistras, que se desenrolam próximo ao desfecho, são jogadas na tela sem eira nem beira, deixando um gosto amargo na boca de quem assiste.


Texto por Pedro Barbosa



Data de estreia no Brasil: 05/10/2022


Disponível na Netflix


Sinopse: Um garoto e um bilionário têm em comum o gosto pelos livros e pelo primeiro iPhone. Mas, depois da morte do idoso, a misteriosa conexão deles se recusa a terminar.



0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page