Crítica | Until Dawn: Noite de Terror
- Cinema ao Máximo
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Filme baseado no game "Until Dawn" traz um terror slasher que é ao mesmo tempo assustador e divertido, despertando uma sensação de nostalgia pelos clássicos desse gênero

A adaptação para o cinema do famoso jogo de horror interativo "Until Dawn" finalmente estreou. Ao contrário do videogame, que permite que o jogador acompanhe a história através de diferentes personagens e tome decisões que levam a finais variados, o longa traz uma ideia de loop temporal. Nele, os personagens ficam presos em um ciclo, enfrentando mortes repetidas até conseguirem encontrar uma saída. Essa abordagem cria um ritmo super envolvente, semelhante ao que vemos em "A Morte Te Dá Parabéns", onde uma estudante universitária precisa reviver o dia do seu assassinato várias vezes até descobrir quem é o seu assassino.
O diretor David F. Sandberg conseguiu trazer de volta algumas das técnicas criativas que tornaram seus trabalhos anteriores, "Annabelle 2: A Criação do Mal" e "Quando as Luzes se Apagam", tão bem-sucedidos. Em "Until Dawn: Noite de Terror", fiquei surpreso com os jump scares assustadores que aparecem em várias partes. Além disso, a produção conta com cenas exageradamente violentas e sangrentas, mostrando Clover e seus amigos sendo atacados de maneira brutal pelos Wendigos, seres temerosos que ganharam destaque no jogo lançado em 2015.
Eu realmente gostei muito do elenco principal, que é formado por Ella Rubin, Michael Cimino ("Annabelle 3: De Volta Para Casa"), Odessa A'zion, Ji-young Yoo e Belmont Cameli. Os atores que interpretam Clover e seus quatro amigos conseguiram criar uma interação bastante genuína, a ponto de eu me sentir torcendo pela segurança deles no centro de visitantes abandonado, onde acabam encurralados em uma armadilha. Outro aspecto que me encantou foram os efeitos visuais, que são ao mesmo tempo apavorantes e divertidos. A aparência aterrorizante dos monstros me deixou arrepiado, assim como as sequências em que os personagens enfrentam um destino trágico nas garras dessas criaturas e outras forças sobrenaturais.
A obra apresenta a proposta de que os personagens precisam resistir até o amanhecer para sobreviver, e cumpre bem esse objetivo ao nos manter atentos com diversas situações eletrizantes de perigo. Embora tenha uma duração de cerca de 1 hora e 40 minutos, eu senti que a trama poderia ter se aprofundado um pouco mais, especialmente no que diz respeito ao drama psicológico de Clover e ao trauma do desaparecimento de sua irmã, Melanie. Apesar disso, o filme se destaca como um ótimo entretenimento e me trouxe à mente a nostalgia dos filmes de terror mais antigos, como a cidade fantasma de "Terror em Silent Hill" e as perseguições intensas das franquias slasher "Sexta-feira 13" e "Pânico".

Pedro Barbosa
Sinopse: Clover e seus amigos buscam pistas sobre o desaparecimento da irmã dela, ocorrido há um ano, e acabam revivendo repetidas vezes o encontro noturno com um assassino mascarado que persegue e mata todos os integrantes do grupo.
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